domingo, 9 de dezembro de 2012

Como Evitar o sono nas palestras

O meu amigo Nestor escreveu um texto sobre Dicas para evitar o sono dos ouvintes durante o treinamento e acabei me lembrando de alguns treinamentos que ficaram marcados em minha carreira.
Logo que me formei passei por um treinamento no SENAI para preparação de Instrutor de Treinamentos de Prevenção e Combate a Incêndios e assim, assumi o posto de responsável por treinar todo o pessoal da fábrica. Acabei me especializando na área e não tinha problema para manter o pessoal atento, pois eram quatro horas de teoria e oito horas de prática. Muito legal o treinamento!
Em contrapartida, na mesma época havia um treinamento de reciclagem para os colaboradores que se acidentavam. Esse era terrível - uma semana de treinamento de quatro horas diárias!!! Ninguém merece uma coisa dessa!!
O assunto, nós (digo nós, porque havia mais técnicos nessa roubada) sabíamos de cor, mas acontece que havia muitos dos treinandos que também já tinham passado por ali. Era humanamente impossível ou quase impossível manter todo mundo acordado.
Certa vez lá estava eu "todo animado" no treinamento chamando a atenção a toda hora de um certo funcionário (na verdade eu estava usando ele para tentar manter os outros acordados), quando derepente ouvi um barulho no fundo da sala. Levei um susto e quando me virei lá estava o danado estatelado no chão. O cara cochilou e caiu da cadeira!!! Só falta ele se acidentar em um treinamento de reciclagem! Virou uma zoeira só na sala de aula. De certa forma foi até bom. Ninguém mais dormiu naquele dia!
Outra vez eu estava em um treinamento de proteção respiratória e tinha um cara me incomodando - ele se sentou na primeira cadeira e antes de eu começar a falar ele já estava "pescando"! Ninguém prestava atenção no treinamento! Ficava todo mundo vendo ele dar aquelas entortadas no pescoço e eu ali feito homem invisível.
Bem, não tive dúvidas - peguei meu capacete e joguei ao chão com força. O cara levou um susto! O pessoal fez a maior gozação e daí em diante ninguém mais cochilou.
Enfim, tem algumas técnicas para manter o pessoal acordado, mas nem sempre funcionam! As vezes temos que improvisar, mesmo! Durante um treinamento que um colega estava passando (eu era estagiário), o pessoal tava realmente com sono. Mas não era dois ou três, tinha muita gente cochilando. Em um determinado momento meu colega arrancou uma folha do FlipChart, fez uma bola e e mandou o pessoal jogar de um para outro. Foi uma bagunça só, mas o pessoal despertou e o treinamento acabou sendo muito proveitoso. Em nossa profissão a criatividade conta muito!
Outro caso que aconteceu comigo (esse eu tenho que contar), foi em um treinamento de madrugada. O pessoal estava até legal, mas havia um funcionário na primeira fila que debruçou na cadeira e dormiu, Então solicitei ao colega do lado que o acordasse. A resposta foi: __Ele é surdo!!! Aquilo acabou com meu treinamento!!!
Isso vale como um alerta para todos os colegas de profissão e para quem ainda está estudanto!
São muitas as situações que já vivi e não daria para contar todas aqui.
E você? Já passou por situações inusitadas? Conta prá nós aí nos comentários

sábado, 24 de novembro de 2012

Guarda corpo: item indispensável na segurança do trabalho em andaimes

Uma das medidas de proteção que devem ser obrigatoriamente utilizadas no trabalho com uso de andaimes são os guarda-corpo, protegendo todos os lados em que há risco de queda. Na Norma Regulamentadora (NR) 18, trecho o qual transcrevo abaixo, há um dimensionamento deste guarda-corpo quanto a Segurança do Trabalho, trazendo alturas que devem ser seguidas por quem expõe seus funcionários ao risco de trabalho em altura utilizando andaimes:
NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
18.15.6 Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro, conforme subitem 18.13.5, com exceção do lado da face de trabalho.
18.13.5 A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé deve atender aos seguintes requisitos:
a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário;
b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);
c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura.

Porém, para quem dimensiona andaimes, empresas e engenheiros, e tem que atender as Normas Brasileiras Regulamentadas (NBR), pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o dimensionamento muda o qual também transcrevo trecho da norma abaixo:
NBR-6494/1990 Segurança nos Andaimes
3.2 Segurança e proteção nos andaimes
3.2.1 Os andaimes devem ser munidos, sobre todas as faces externas, de guarda-corpos, colocados a 0,50 m e 1,00 m acima do estrado , de rodapés de no mínimo 0,15 m de altura, nos níveis de trabalho.

São duas medidas em duas normas: a primeira é cobrada nos canteiros de trabalho; e a segunda é cobrada da indústria para o dimensionamento do andaime. Como tenho um posicionamento pela prevenção de acidentes, vejo o dimensionamento da NR-18 que, sendo a maior, é a que traz maior segurança é a que deveria ser adotada. Porém, seria preciso ter uma única medida nestas normas para que não gere nenhum tipo de dúvida para quem dimensiona o andaime pela NBR 6494, que é mais completa no nível de detalhamento de construção do andaime e cargas máximas a serem utilizadas, mas que não atende a NR-18 no item guarda-corpo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Aceitar críticas também é importante

Ninguém gosta de ser criticado, mas as críticas muitas vezes podem fazer muito bem para você, para sua profissão, para seu negócio...enfim - aceitar críticas deve fazer parte de nossa vida.
No entanto, vamos falar aqui sobre as críticas e a profissão de Técnico em Segurança do Trabalho.
As possíveis críticas podem ser sobre:



  • Sua forma de abordagem;
  • Didática em treinamentos;
  • Material de treinamento;
  • Formatação de apresentações;
  • Maneira de se portar em público;
  • Postura durante os treinamentos;
  • Falta de conhecimento;
  • Arrogância;
  • Dicção;
  • Erros grosseiros de português;
  • Etc.



Como podemos ver, a lista é grande e pode ser maior ainda.
Em nossa profissão é possível evitar certas críticas se nos prepararmos para nossas atividades mais comuns.

  • Você pode, por exemplo, ler um bom livro sobre como falar em público. Leia esse texto: Falando em público - perca o medo!
  • Obedeça algumas regras na hora de fazer uma abordagem, tais como: Cumprimente a pessoa; se apresente; seja gentil; aponte os pontos positivos; tente fazer com que a pessoa perceba seu erro;
  • Se o curso não te deu preparo suficiente, faça algum curso específico para instrutor de treinamento;
  • Depois de fazer uma apresentação, peça a opinião dos colegas (se for possível);
  • Treine as apresentações em frente ao espelho; apresente antes para a sua família (eu já fiz isso);
  • Outra forma de melhorar suas apresentações é gravar e assistir depois para possíveis correções;
  • Esteja atualizado e procure saber o máximo sobre as legislações e procedimentos da empresa;
  • Se você tem dificuldades com a língua portuguesa, peça ajuda sempre que escrever algo que será lido por outras pessoas (email, relatórios, apresentações, etc);Veja esse link "Porque é importante ler o email antes de enviar.
  • Quanto à arrogância sugiro que leia: "A arrogância é o caminho mais curto para o fracasso."



Uma coisa é certa - sempre haverá alguém para nos criticar, mas quanto mais preparados estivermos, menos críticas receberemos!
Como citei no início do texto, ninguém gosta de ser criticado, mas se elas vierem, pegue aquilo que pode lhe ajudar e esqueça o resto.



E você? Já foi criticado e tirou proveito da crítica? Quebrou o pau porque foi criticado?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ministério do Trabalho orienta sobre norma de trabalho em altura em MG

A fiscalização para o cumprimento das novas normas de segurança em caso de serviços realizados a uma altura maior de dois metros, onde haja risco de queda, começou nesta quinta-feira (27), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O gerente regional do Ministério do Trabalho, Juracy dos Reis, afirmou que as novas normas são uma questão de prevenção.

A Norma Regulamentadora nº 35 trata sobre trabalho em altura e define os requisitos e medidas de proteção para os trabalhadores que atuam nestas condições, independente do setor. Antes, as medidas de segurança para serviços com risco de queda eram voltadas para a construção e indústria naval.
 
Segundo o gerente regional, a principal obrigação do empregador prevista na nova norma é de programar na empresa a gestão do trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a adoção de medidas técnicas para evitar a ocorrência ou minimizar as consequências das quedas de altura. “Trouxe mais responsabilidade para o empregador, que vai ter que se preocupar mais com a organização e planejamento no trabalho em altura, e responsabilidade para o próprio trabalhador”, disse Juracy.

Essa gestão envolve, além das medidas técnicas, como a análise de risco da atividade, a implantação de um programa de capacitação. “Essa norma exige que o trabalho seja organizado, planejado e que os trabalhadores sejam capacitados por conta da empresa com uma carga mínima de 8h. Há todo um planejamento e não pode mais trabalhar de qualquer maneira”, disse.

Segundo a técnica em segurança do trabalho Daniela Rodrigues, a prevenção é importante e cada equipamento tem uma indicação diferente. “O cinto de segurança, a luva e as cordas para fazer a amarração do equipamento são os exigidos”, enumerou.

Para o encarregado de limpeza, Wedson Witer, as medidas ajudam a garantir a segurança do trabalhador. “Quando a gente trabalhava na fazenda e ia fazer trabalho em altura, não tínhamos a segurança que temos atualmente. Com ela o pior pode ser evitado”, concluiu